Há séculos atrás os atores mambembes – aqueles que se apresentavam, de castelo em castelo, de vila em vila, em espetáculos de produção improvisada, arrastavam seus pertences numa grande mala. Um grande caixote, por assim dizer, que tem o nome clássico de “canastra”. Um baú. Antiquários e muitas famílias tradicionais do interior do Brasil ainda possuem em suas casa tal tipo de móvel.
Pois estes atores carregavam suas máscaras, onstrumentos musicais, maquiagem, figurinos etc. etc. dentro destas castras, algumas delas tão grandes que podiam ser chamadas de canastrões. Como tais atores não compunham o universo dos grandes e afamados atores, sendo um time de terceira e quarta categioria na profissão, era natural que não tivessem o mesmo talento que a turma das “estrelas”. Eram ruins diante dos dons dos atores brilhantes.
Por isso mambembavam de cidade em cidade com seus “canastrões”. Daí vem o adjetivo “Canastrão” para o ator que não tem talento suficiente para bem interpretar uma personagem. Claro que boa parte dos canastrões de hoje da TV ou do Cinema, e mesmo do teatro, não precisam mais sair arrastando seus baús por aí. Há lugar para eles no mercado, desde que sejam “bonitinhos” ou que tenham bom QI (quem indica). Mas mesmo assim não conseguem fugir de carregar às costas uma imaginária mas imensa , pesada e velha canastra. Um canastrão!
Esse é o sentido do termo.
Sem nenhum saudosismo, mas, a verdade que atualmente, como tem “canastrões”, apenas estão aonde estão, pelo QI (quem indica) porque talento mesmo, nenhum. Ai, bate a fortissima saudade em nossa alma, saudade de grandes atuações pessoias, até mesmo de improviso. E quantos improvisos aconteceram. Atualmente, o que ver é tão somente, apropelo nas palavras, pessoas que possuem só rostinhos bonitos, porque interpretação mesmo, no duro, nenhuma. Em resumo, só nos restam recordações.
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