O número 13 é considerado de má sorte. Na numerologia o número 12 é considerado de algo completo, como por exemplo: 12 meses no ano, 12 tribos de Israel, 12 apóstolos de Jesus ou 12 constelações do Zodíaco. Já o 13 é considerado um número irregular, sinal de infortúnio. A sexta-feira foi o dia em que Jesus foi crucificado e também é considerado um dia de azar. Somando o dia da semana de azar (sexta) com o número de azar (13) tem-se o mais azarado dos dias.
Triscaidecafobia é um medo irracional e incomum do número 13. O medo específico da sexta-feira 13 (fobia) é chamado de parascavedecatriafobia ou frigatriscaidecafobia.
Alguns Mitos e Superstições no Teatro
Os mitos e superstições humanas tem origem na infantilização da mente adulta.
Os atores, como todos os seres humanos, não estão livres destas crendices, que examinadas à luz da racionalidade não se sustentam. Do ponto de vista religioso a própria Fé Racional não lhes dá espaço, mas tais crendices continuam a existir como mágica, fantasia, no mundo onírico, gerando infundada sensação de onipotência…
Hoje trouxemos até vocês algumas curiosas superstições:
- “No Teatro o ator jamais diga a palavra “azar”, em cena ou dentro de um teatro.”
- “No teatro o ator jamais diga a palavra desgraça.”
- “Quando subir da plateia ao palco pela primeira vez num teatro, faça-o com o pé direito, pra dar sorte.”
- “Não se assovia no teatro, dá azar. Esta superstição vem da época em que os diretores da peça usavam assobios codificados para se comunicarem sobre as mudanças de cenários. Caso outras pessoas assobiassem, poderiam confundir e atrapalhar o bom desenvolvimento da técnica do espetáculo.”
- “Não se deseja sorte ao colega que vai estrear. A palavra usada, “merde”, tem origem francesa , e mais recentemente, com a influência norte americana diz-se “Que você quebre uma perna” (break a leg).
- “A magistral Bibi Ferreira certa vez disse: Procure sempre encaixar em alto e bom som a palavra SIM em qualquer parte do espetáculo. Isto traz sucesso ao espetáculo.”
- “A grande dama Fernanda Montenegro carrega em cena consigo – dito em entrevista – um prego!”
- “Jogar açúcar na entrada do teatro na abertura da semana para atrair dinheiro de bilheteria.”
- “Não se deve contar os ingressos vendidos antes de começar o espetáculo”
- “Lázaro Ramos afirma que não conta quantos filmes já gravou. Acredita-se que se ele fizer as contas de alguma coisa, ela não rende. Então, para fazer a bilheteria de seus filmes render, ele prefere não saber quantos fez.”
- “Dan Stulbach coleciona superstições com relação ao teatro. Antes e depois de todas suas peças, o ator precisa fazer tudo igual, para se sentir bem. Em determinada época, a superstição da vez era sair pelo cenário pegando os pregos amassados, e colocando no bolso!”
- Cissa Guimarães revelou que tem um superstição. “Antes de entrar no palco, eu pulo com o pé direito três vezes, agradeço, peço permissão aos amigos”, contou a atriz.
- “A palavra ‘corda’ não deve ser falada dentro de um teatro, nem mesmo nos camarins ou bastidores. A pessoa que por acaso pronunciar esta palavra, deve pagar uma multa que consiste em uma rodada de vinho branco. A origem desta superstição viria dos primeiros maquinistas que eram marinheiros. Em um barco, diversas cordas são usadas para se fazer manobras e cada uma destas tem uma denominação diferente (filin, ganse, etc). A palavra ‘corda’ designa aquela que é usada para tocar o sino com o qual os mortos são saudados.”
- “No final de uma apresentação, é usual oferecer flores às atrizes, mas é conveniente evitar os cravos. Anteriormente, na Comédie-Française, no final da temporada, o diretor com efeito informava às atrizes da renovação de seu contrato fazendo-lhes entregar, na última apresentação, um buquê de rosas. Um ramalhete de cravos significava que o desempenho delas não havia sido satisfatório.”
- “Outro costume proscreve a cor amarela nas vestimentas. Diz-se que é porque Molière morreu em cena quando vestia roupas dessa cor. Mas não é nada disso: no passado, os tecidos eram tingidos com ingredientes com frequência tóxicos. O amarelo, preparado com óxido de cobre, costumava intoxicar os atores.”
- “A tradição reza que o teatro deve ser fechado pelo menos uma noite por semana a fim de permitir aos fantasmas representarem suas próprias peças. Geralmente isto é feito às segundas feiras, o que também permite aos atores descasarem do trabalho do fim de semana.”
- “Da mesma forma, deve-se sempre deixar uma luz acesa no teatro. Muitos acreditam que esta luz teria o poder de afastar os fantasmas, enquanto outros acreditam que ela lhes permitiria ver melhor. Talvez esta fraca luz seja útil para impedir que os atores tropecem ou se machuquem por causa da escuridão.”
- “Outra superstição ligada ao teatro é a de que dá azar usar penas de pavão em palco, tanto nos cenários como na roupa. Existem histórias que contam que, ao usar essas penas, houve cenários que caíram, cortinas que pegaram fogo e outros eventos desastrosos quando se usavam estas penas numa peça. A razão para esta crença parece estar no mito grego que conta como um monstro coberto de olhos foi transferido para a cauda do pavão. Assim, usar penas de pavão no palco é levar «mau olhado» para este e, dessa forma, despoletar má sorte para o espetáculo.”
- “E, por falar em mau olhado, os espelhos estão proibidos de entrar em palco, dando um azar extremo. Esta crença ter-se –á originado na superstição antiga de que o espelho reflete a alma e de que, ao parti-lo inadvertidamente,(situação fácil de acontecer com a movimentação em palco) isso traz 7 anos de azar tanto para a pessoa como para o teatro. Esta superstição parece ter um fundo prático pois o uso de tal objeto pode provocar muitos efeitos indesejáveis como interferir com a iluminação da peça, criar distrações, etc. , não sendo desejável de todo , de modo que os azares podem acontecer de facto quando se usa este objeto em palco.”
- “Nunca se deve oferecer flores antes do espetáculo, acreditando-se que isso traz muita má sorte. (pois recompensa o que ainda não se obteve).”
- “Dizem que um ator nunca pode deixar seu texto sobre uma almofada ou travesseiro, pois isso fará com que ele esqueça o texto.”
Nunca diga “Macbeth”
O meio teatral é terrivelmente supersticioso, e nenhuma outra peça está rodeada de uma nuvem tão negra de superstição e lenda como Macbeth, de Shakespeare. A tal ponto que é muito frequente, no meio teatral britânico, que nem o nome lhe seja pronunciado. Diz-se apenas “the Scottish play” (Aquela peça escocêsa), e toda a gente sabe do que se fala. Dizem que atrai azar, muito azar, dizer a palavra Macbeth dentro de um teatro (não sendo no texto de uma peça), quem a pronunciar tem de proceder a um ritual de purificação, ou exorcismo, como preferirem (sair do teatro, de costas, cuspir no chão e solicitar a re-entrada ao teatro). As histórias de acidentes graves relacionados com a peça são incontáveis.
Conta-se que, em 1606, o menino que interpretava Lady M. morreu durante uma das primeiras apresentações da peça. Apesar de ninguém saber se houve mesmo o incidente, o boato se espalhou e nutriu a crença de que infortúnios acompanham o espetáculo. Coincidência ou não, ao longo dos séculos, registraram-se inusitados contratempos em diversas montagens.
Em 1992 Antonio Fagundes a protagonizava. O Teatro Arthur Rubinstein, do clube paulistano A Hebraica, abrigou a trama e… pegou fogo! O incêndio começou à tarde, nas coxias, pouco antes de o elenco chegar. Ninguém se feriu. Quando a montagem viajou para Santos (SP), houve nova surpresa: um refletor despencou do teto e quase acertou Fagundes, que estava solitário em cena.