
Lloyd Webber também lamenta o fato de atores negros e asiáticos só obterem papéis secundários como criminosos e prostitutas. “Não devemos esquecer que atores são atores – também – para fugir de suas realidades e de serem nos palcos aquilo que não são na vida, que incentivo em continuar na carreira uma atriz que é empregada doméstica com mãe empregada doméstica e que na hora de ir para os palcos interpreta a empregada doméstica? O padrão é todo mundo branco a menos que o papel seja especificamente escrito para um ator negro ou asiático”.
Ele diz que o teatro tem desafiado a monocultura com produções de sucesso como “Motown the Musical”, mas o sucesso desses shows gerou outro problema. O fracasso das escolas de teatro em formar talentos BAME levou a uma escassez de atores adequados para os papéis e, como resultado, produções como essa foram canceladas.
Os resultados correspondem as experiências do próprio Lloyd Webber. Na introdução do relatório ele recorda: “Quando eu produzi Bombay Dreams há mais de uma década para o público de West End, uma das nossas maiores dificuldades foi encontrar atores asiáticos suficientes.”
“Muitas vezes, a discussão está focada em aumentar a representação das diversas etnias no palco, mas é de importância crucial acrescentar: Eu tenho sido muito consciente de que um dos maiores problemas é a falta de pessoas BAME concluindo cursos, de pessoas BAME nas salas de aula aprendendo.

O relatório diz que o problema é ainda maior nos bastidores, as equipes técnicas possuem pouca mão de obra BAME e maquiadores não são treinados para lidar com pele negra.
Entre as recomendações é chamado a atenção de produtores, diretores e outros para “assumirem a liderança no sentido de incentivarem uma força de trabalho mais diversificada culturalmente e principalmente aumentar o número de montagens com peças de escritores BAME.”