[Datas Comemorativas] Dia Nacional da Visibilidade Trans: Conheça atores e atrizes transexuais que fazem história no Brasil

Foi em 1977 o ano em que a televisão brasileira trouxe pela primeira vez a presença de uma atriz travesti em novelas. Trata-se de Claudia Celeste, estrela dos palcos que estrelou a trama Espelho Mágico, da Globo, e causou um verdadeiro boom.  Porém, os holofotes em cima da artista estiveram com os dias contados. Por conta do Regime Militar, que não permitia que travestis e transexuais aparecessem na tevê, ela teve o passado revelado e teve que sair do folhetim.

Hoje se comemora o Dia Nacional da Visibilidade Trans, um campo que ainda engatinha quando o assunto é representatividade nos palcos e nas telas. Acompanhe conosco transexuais que fizeram e fazem história como atores e atrizes brasileiros.

Claudia Celeste
Em 1977, na novela Espelho Mágico, de Lauro César Muniz, pela primeira vez uma transexual de verdade ganhou um papel numa novela: Cláudia Celeste era uma corista do teatro de revista de Carijó (Lima Duarte) que ensinava coreografias à personagem de Sônia Braga. Mas Cláudia Celeste entrou para o elenco da novela sem que Daniel Filho (o diretor) soubesse de que se tratava de uma trans – na época do Regime Militar, as travestis e transexuais eram proibidos de aparecer na televisão. Descoberta, ela teve que sair de cena. Mas Cláudia Celeste voltaria às novelas em 1988, em Olho por Olho – novela de José Louzeiro,da Manchete -, e dessa vez sem esconder sua identidade e com um papel fixo: a travesti Dinorá.


Resultado de imagem para roberta closeRoberta Close
Pioneira quando se fala de transexualidade no Brasil, Roberta foi a primeira modelo transexual a posar para a edição brasileira da revista Playboy. Também já desfilou para inúmeras marcas de moda, incluindo Thierry Mugler, Guy Laroche e Jean Paul Gaultier. Além da Playboy, também teve destaque em editoriais para Vogue. Como atriz já participou das novelas O Escorpião Escarlate (1999), No Rio Vale Tudo (1987) e Mandacaru (1997). Atualmente mora em Zurique, na Suíça


RogériaResultado de imagem para rogeria
Rogéria começou sua carreira como maquiadora da TV Rio, e ao conviver com inúmeros atores célebres teve o que descreveu como equivalente de uma estadia no Actors Studio, sendo estimulada a interpretar. Sua estreia ocorreu em 29 de maio de 1964, em um notório reduto gay de Copacabana, a Galeria Alaska. Figura frequente no cinema brasileiro, participou também como jurada em vários programas de auditório nas últimas décadas, de Chacrinha a Gilberto Barros e também Luciano Huck. Rogéria foi coreógrafa da comissão de frente da Escola de Samba São Clemente, representando Maria, a louca, num enredo que tratava dos 200 anos da vinda da família real ao Brasil. Em sua passagem, foi recebida com carinho pelo público. Em 2016, lançou sua biografia Rogéria – Uma mulher e mais um pouco, de Marcio Paschoal. Sua carreira como atriz incluí mais de 30 personagens na TV  e no Cinema


Resultado de imagem para leo moreira sáLéo Moreira Sá
Quando fez um teste na companhia Os Satyros, quase passou despercebido pelo diretor, que o conhecia desde a época da USP. Para Leo, a melhor maneira de se expressar politicamente hoje é assumindo a sua transgeneridade. Técnico de iluminação formado pela SP Escola de Teatro, Leo dividiu com Rodolfo García Vázquez o prêmio Shell 2012 de iluminação pelo espetáculo Cabaret Stravaganza. A arte ajudou na reconstrução de sua personalidade, literalmente. Com o dinheiro do prêmio ele realizou a mastectomia que retirou os seios.  Em breve Léo poderá ser visto na série “A Lei”, do canal Space, em seu primeiro papel cisgênero


Maitê SchneiderResultado de imagem para maite schneider atriz
Nascida em uma família católica, ela estudou a vida toda na escola tradicional de padres Bom Jesus, Maitê foi se entender como transexual mais tarde e seu histórico de conquistas e sofrimento foi acompanhado de perto pelos leitores de seu site, o Casa da Maitê. De personalidade extrovertida, recentemente pôde ser vista no espetáculo “Escravagina” escrita por Cesar Almeida.


Resultado de imagem para wallace ruyWallace Ruy
Wallace não se define como homem ou como mulher desde 2010. A atriz, produtora cultural e performer explica: “Não sou nem 100% homem, nem 100% mulher, transito nos dois universos ou em nenhum.” Wallace nasceu homem, continua usando seu nome de registro, mas sempre se identificou com o gênero feminino. “Em 2010, eu comecei a dar nomes. Eu sou transgênera não binária. Eu sou mulher, sou Wallace e isso basta”, diz bem resolvida. Porém, em uma sociedade que ainda não lida bem com o gênero, nem tudo são flores. “Enquanto pessoa transgênera, eu sou tida como um corpo abjeto, ou seja, sou marginalizado por uma condição humana. A identidade de gênero é a maneira como você performa esse gênero exteriormente, ou seja, é como você se entende e como você se apresenta para o mundo.” Ela assume que a violência física é o que mais assusta a ela e a sua família. “O grande receio da minha mãe é que eu seja vítima de violência física, porque moral sempre sou. Seu grande medo é ver a minha morte ser noticiada, assassinada de maneira muito bruta. Porque a expectativa de vida de uma mulher trans hoje é de apenas 35 anos. Eu teria apenas cinco ainda pela frente. É grave, as pessoas são assassinadas e não se noticia. É uma realidade cruel, mas não há preço que se pague, não há valor que mensure de ser quem se é”, conclui.


Maria Clara SpinelliResultado de imagem para Maria Clara Spinelli
Nascida em 1975 a atriz obteve destaque após participar do filme Quanto Dura o Amor?, que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz no Festival Paulínia de Cinema, no Hollywood Brazilian Film Festival e no Monaco Charity Film Festival. O filme também lhe levou à indicação de melhor atriz ao VI Prêmio FIESP/SESI-SP do Cinema Paulista – 2010. Anteriormente, já havia conquistado o prêmio de atriz revelação na fase regional do Mapa Cultural Paulista 2003—2004, em Bastos – SP, com o monólogo O Ser Gritante, baseado em textos de Clarice Lispector. Entre 1996 e 2000, a atriz participou de espetáculos coreográficos através de um grupo de Dança-Teatro. Em 2013, participou da telenovela Salve Jorge, na qual interpretou a personagem Anita. Em 2016 foi uma das protagonistas da série Supermax da TV Globo.

“Não sou uma atriz transexual, sou uma atriz e ponto. Taís Araújo, por exemplo, é uma atriz, não é uma atriz negra. Existe um conceito negativo por causa da minha história de vida. É mais difícil para mim conseguir um papel”.


Resultado de imagem para Glamour GarciaGlamour Garcia
Glamour vem galgando espaço no mundo das artes. Já venceu o prêmio de melhor atriz nos festivais MixBrasil e CineMube Independente pelo filme “O Amor que Não Ousa Dizer Seu nome”, de Bárbara Roma. Protagonizou o filme “Ano Branco, de Luiz Roque, e o documentário “Além das 7 Cores, de Camila Biau. No teatro, dirigiu e protagonizou Medéia, baseada na obra de Eurípides e a performance teatral Tigrela, da obra de Lygia Fagundes Telles. Além disso, faz shows e performances por todo o país.


Claudia WonderResultado de imagem para claudia wonder
Ícone da cena underground, começou sua carreira artística fazendo shows em boates e logo estreou no teatro e no cinema. Ainda adolescente contracenou com grandes nomes nacionais, entre eles, Tarcísio Meira e Raul Cortez. Nos anos 1980 descobriu sua veia musical e estreou como letrista e vocalista da banda de rock Jardins das Delícias, com o show “O Vomito do Mito”, no lendário clube paulistano Madame Satã. Depois formou a banda Truque Sujo e obteve sucesso junto a critica musical e ao público. Faleceu em 26 de novembro de 2010 em decorrência de uma criptococose


Resultado de imagem para renata carvalho atrizRenata Carvalho
Começou no Teatro em 1996 em um curso de iniciação teatral com Walter Rodrigues, no teatro municipal de Santos.
Dentre os trabalhos destacou-se em 1999, em “A Casa de Bernarda Alba” do Lorca com direção do Gilson de Mello Barros pelo grupo TEP (Teatro Experimental de Pesquisas), e em 2012, atuou como atriz convidada da Encenação de São Vicente com Matheus Nachtergaele. Em 2002 fundou com mais duas amigas (Ludmilla Correa e Antoniela Couto Lourenço) a Cia. Ohm de Teatro onde dirigiu “Pelo Buraco da Fechadura”, baseado nos contos de “A Vida como ela é”…” Quando as maquinas param”, de Plínio Marcos, “Dentro de Mim mora outra”, com direção de Maria Tornatore entre outros.  Em 2016 foi muito comentada pela peça “O Evangelho segundo Jesus Cristo, Rainha do Céu”, de autoria da dramaturga britânica Jo Clifford, texto traz Jesus Cristo à contemporaneidade na pele de uma mulher transgênero.


Tânia GranussiResultado de imagem para Tânia Granussi atriz
Atriz paulistana, bacharel em Artes Cênicas pela UNICAMP, diretora, pesquisadora teatral e maquiadora profissional, participou do espetáculo “Hipóteses Para o Amor e a Verdade” do grupo Satyros e em 2012 do filme Febre do Rato, de Cláudio Assis, como Vanessa


Jane Di Castro
Passou a infância no bairro de Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Filha de mãe evangélica e pai militar, sofreu em casa a repressão por ser trans. Na década de 1960 foi trabalhar como cabeleireira, em Copacabana. Começou a se apresentar em casas noturnas do bairro e, em 1966, estreou no Teatro Dulcina. Manteve a carreira artística em paralelo com a profissão, até abrir seu próprio salão, em 2001. Foi dirigida por Bibi Ferreira no espetáculo Gay Fantasy no qual também atuaram Rogéria, Marlene Casanova e outras e Ney Latorraca. Apresentou-se em diversos palcos do Brasil e do exterior, incluindo uma performance no Lincoln Center. Em 2004 estrelou no Teatro Rival o espetáculo Divinas Divas, ao lado de Rogéria, Divina Valéria, Camille K, Eloína dos Leopardos, Marquesa, Brigitte de Búzios e Fujika de Halliday. O musical, que relembra a trajetória de travestis e transformistas de Copacabana, manteve-se em cartaz por 10 anos.


Resultado de imagem para Nany PeopleNany People 
Nascida em Machado, Minas Gerais, mas criada em Poços de Caldas, Nany fez curso de extensão universitária de interpretação pela Unicamp e estudou teatro no Teatro Escola Macunaíma. Na TV, ganhou projeção nacional em 1997, como repórter do programa “Novo Comando da Madrugada”, de Goulart de Andrade, na extinta Rede Manchete. Em 1998, atuou na peça “Um Homem é um Homem”, com direção de Alexandre Stockler no Teatro Faap, em São Paulo e mais 16 cidades do interior de São Paulo. Em 2001, participou do filme “Acredite, um espírito baixou em mim”e em 2007, produziu e estreou seu novo espetáculo de humor “Nany People Salvou Meu Casamento” de Bruno Motta e Daniel Alves, viajando por 6 meses pelo Brasil. Atualmente é contratada pela Rede Record para fazer parte do Xuxa Meneghel. No programa, ela atua como repórter e faz participações no palco com a rainha. Sobre sua sexualidade ela diz “Demorei para entender que o corpo não combinava com a mente”


Imagem relacionadaStella Rocha
Paraense de Belém, a artista deixou o país em meados dos anos 1990, aos 16 anos, para viver em Paris, onde estudou dramaturgia. Começou no cinema em 2001 com L’ex-Femme de ma Vie, ao lado da renomada atriz Joseane Balasko, e entrou para o teatro trabalhando com Laurent Baffie (cuja peça Toc Toc esteve em cartaz em São Paulo em 2014). Com Baffie, também participou de programas de entrevistas no estilo Ana Maria Braga, ciceroneando celebridades para conversas descontraídas durante jantares ou em bares, com drinques na mão.  Stella fez parte do elenco de Love, filme do diretor Gaspar Noé (Irreversível), ela interpreta uma cena de sexo ao lado do casal protagonista do filme, vivido por Aomi Muyock (Electra) e Karl Gusman (Murphy).

“Ganhei o mundo e ganhei minha vida. Mostrei para a minha família que não é só porque a gente é transexual que a gente tem que ‘fazer pista’. Eles estiveram aqui em Paris quando eu estava no teatro, em 2009, no Palais Royale. Tive o grande prazer de recebê-los. Eles choraram, me abraçaram, me beijaram e disseram: ‘Minha filha, te amo demais, temos orgulho de você’”, conta, emocionada.


Resultado de imagem para thalita zampirolliThalita Zampiroll
Thalita ficou famosa quando foi vista andando com Romário (ex jogador de futebol). Hoje com 26 anos, acaba de estrear no cinema. O filme Berenice procura foi lançado no fim de 2016. Nele, Thalita vive uma dançarina sexy que é escravizada pela prostituição. “Eu fui muito bem recebida por toda a equipe, a Vera Holtz foi uma querida e aconselhou que nunca desista dos meus sonhos. Estou muito feliz com esse presente que 2016 me deu”, comentou ela.  Para encarar a tarefa de interpretar papéis, Thalita investiu na preparação para atuar. Ela está fazendo curso de teatro, e quer mais: “quem sabe não estou numa novela em breve…”, aposta


Resultado de imagem para carol marra atrizCarol Marra 
Produtora de moda, jornalista, modelo, DJ e atriz, participou do seriado Segredos Médicos, do Multishow.
‘Descobri que a carreira de atriz é o que quero para a minha vida e futuro. Mais do que ser jornalista ou modelo, interpretar e vivenciar outras histórias é uma experiência única”, contou ela.


Resultado de imagem para thammy MirandaThammy Miranda
Conhecido por ser filho da cantora Gretchen, em 2012 esteve na novela Salve Jorge de Glória Perez.


Laysa Machado
A transsexual, que nasceu no distrito de Entre Rios em Guarapuava, foi diretora do Colégio Chico Mendes na Região Metropolitana de Curitiba, é professora e também autora e protagonista do monólogo “A Morada Transitória”, uma trilogia que conta a sua própria história. A primeira peça como atriz de fato foi em 2008, na Companhia Pé No Palco, interpretando uma das cinderelas, a pansexual, na peça Cinderela Dada.” De um lado precisamos de visibilidade, mas de outro penso que ninguém se refere a uma atriz como “atriz héteros” ou “cis atriz”. Sou atriz e pronto. A atriz que já atuou também fez dois curtas em Curitiba: o Lugar de Todos e “Marcas da Agonia”. Ela conta que fez em 2009 curso de interpretação de TV e cinema com o Alexandre Lanes (diretor do Vídeo Show), “Ele se encantou comigo, adorou, disse que eu era uma atriz pronta. Porém, quando um ator contou que eu era trans, “desencantou”. Depois de todos os cursos que fiz, teatro, cinema, televisão, dublagem, comercial pra tevê, percebi que o preconceito é enorme e muitas vezes se sobressai a arte. Fiquei frustrada, decepcionada, depressiva.” “Na escola, a primeira peça me enfeitaram de índio e as professoras que não me conheciam, diziam: ‘Olha que menina linda, ficou linda de índia’. E a minha professora corrigia: ‘É um menino’. Com 12 anos, fazia e participava de peças de teatro, dança e interpretação. Quando fiz faculdade, já estava atuando.”


Resultado de imagem para Fabianna BrazilFabianna Brazil
Formada pelo curso de teatro da Federação das Escolas Federais Isoladas do Estado do Rio de Janeiro (Fefierj, atual UniRio), a atriz participou em 2009 no SBT na novela Vende-se um Véu de Noiva, escrita por íris Abravanel. Também participou em 2008 do filme Elvis & Madona, primeiro longa-metragem do diretor carioca Marcelo Laffitte. “Se eu tenho talento, se tenho condições de atuar, quero ter oportunidades de mostrar. Sou atriz formada e espero sempre seguir trabalhando”.


Resultado de imagem para Camille K divinasCamille K
A atriz começou a fazer teatro nos anos 70 em peças como “As bonecas Também Podem”, com direção de Sirilo Barcellos.  Nos anos 80, se alternando entre o salão de beleza e os palcos de teatro, abre a Boite Shinity na Zona Sul do Rio, Botafogo e estréia a peça; “As Panteras do Posto 6” no Teatro Alaska (Copacabana).Em 92 é convidada por Miguel Falabella a participar da peça “O Coração do Brasil”, onde esteve em cartaz por dois anos viajando por diversos estados brasileiros. Em 1995 volta a trabalhar com Miguel, desta vez um papel mais expressivo, na peça “A Pequena Mártir de Cristo Rei”, Camille da vida a Martir Gilda.  Em 2004 participa do Show Divinas Divas ao lado de Rogéria, Valéria, Marqueza, Brigitte de Buzios, Fugika de Holiday e Eloyna dos Leopardos, estando ativa até a presente data.


Patricia Araújo
Também conhecida pela beleza e sensualidade, a travesti pôde ser admirada na novela “Luz do Sol”, em 2007, da TV Record. E também na novela “Salve Jorge”, da TV Globo, em 2012, quando interpretou a traficada Priscila. Na série “A Lei e o Crime” (Record), em 2009, viveu a personagem Michela, uma profissional do sexo que é assassinada logo após ser abordada por um famoso ator. O episódio todo gira em torno de sua personagem.


Bianca Soares
Ex-Casa dos Artistas, Bianca esteve na série Mandrake, da HBO, em 2005. Ela interpretou a profissional do sexo Viveca no episódio “Dia dos Namorados”. Após uma confusão com um cliente, Viveca é abordada pelo advogado criminalista Mandrake (Marcos Palmeira) e faz de tudo para convencê-lo de que é inocente.


Resultado de imagem para Mamma BruschettaMamma Bruschetta
Mamma, literalmente, abriu mão do seu lado masculino na época em que começou a fazer parte do “Mulheres”. Registrada como Luís Henrique, ela agora só atende pelo nome de Mamma. Foi como se a personagem se incorporasse também em sua vida pessoal. Durante a decada de 80 até 90, no programa de variedades chamado TV Mix, interpretava a italiana Condessa Gioconda, fazendo parte da equipe da TV Gazeta. Durante a década de 90, no programa infantil chamado Rá-Tim-Bum, interpretava o ET chamado Zero que aparecia voando dentro de uma nave e sobrevoava a cidade de São Paulo procurando por coisas diversas, por exemplo, alguém que usasse a cor vermelha (então eles congelavam a “cena” e explicavam sobre). Nos anos 1990 chegou a fazer parte do juri do programa Show de Calouros onde interpretava a personagem Condessa Giovanna. Nas décadas de 2000 e de 2010 atuou no Programa Silvio Santos figurando em diversas edições dos quadros ‘Jogos dos Pontinhos” e “Jogo das Três Pistas” com a personagem Mamma Bruschetta. Também fez uma pequena participação no cinema, no filme chamado Falsa Loura de 2007.


Bruna Bee
A figurinista entrou no finalzinho da novela “Amor à Vida”, da TV Globo, em 2014, com uma missão nada difícil: formar par romântico com o mecânico Juscelino (Werles Pajjero). A cena de Bruna ocorre no bar de Denizard (Fúlvio Stefanini), quando Juscelino apresenta a namorada aos amigos e ela faz questão de dizer que é trans. “Apesar de ser um papel pequeno, é bom ver que estão abrindo espaço”, declarou.


Resultado de imagem para Laila DominiqueLaila Dominique
Após ficar famosa em um vídeo do youtube, Laila Dominique conseguiu fazer fama como humorista em programas de TV, como: Programa Silvio Santos, Programa da Eliana, Programa da Sabrina, Manhã Maior, Casos de Família, Programa do Ratinho, entre vários outros. Faleceu em 2009 de toxoplasmose cerebral.


Leonarda Glück
Nasceu em Curitiba, Paraná, e desde que colocou os pés no palco pela primeira vez, aos 14 anos, não conseguiu mais separar a arte da vida pessoal. Explora várias linguagens, como teatro, dança, literatura, música, artes visuais e cibernéticas, e já foi premiada diversas vezes.
“O teatro é a minha paixão mor, minha mola propulsora, meu fio condutor, minha força motriz, minha vida. A arte é o meu meio de sublimar a realidade fastidiosa e as dores mundanas, aperfeiçoá-las, torná-las poéticas, diminuí-las e às vezes até piorá-las. As possibilidades que estar metida com artes me traz são de vislumbrar, sonhar com um mundo melhor, alimentar as utopias de proporcionar reflexão a quem interessar possa.”


Resultado de imagem para phedra de cordobaPhedra de Córdoba
O foco hoje são os atores e atrizes brasileiros, mas não existe estrangeira mais brasileira que Phedra. Nascida em Havana, Cuba, em 1938, entrou para uma companhia de dança na adolescência, formando uma dupla com a bailarina Lupi Sevilha. Participou de uma turnê da companhia pela Argentina em 1958, e então conheceu Walter Pinto, que a convidou a desistir de voltar para Cuba e ficar no Rio de Janeiro. Abandonou definitivamente o nome e a identidade masculinas aos 21 anos de idade. Assumindo o nome artístico de Phedra de Córdoba, trabalhou no espetáculo de travestis Les Girls. Atuou como vedete ao lado de Costinha. Em 2003, entrou para a companhia de teatro Os Satyros.  Em 2015 estrelou Phedra por Phedra, um espetáculo em formato de cabaré baseado na sua trajetória pessoal e artística. No mesmo ano foi lançado o documentário Cuba Libre, dirigido por Evaldo Mocarzel. O filme mostrou o retorno de Phedra a Cuba, 53 anos depois, e a luta contra a transfobia e homofobia no paísMorreu em decorrência de um câncer, no dia 9 de abril de 2016.

PORQUE 29 DE JANEIRO DIA DA VISIBILIDADE TRANS ?.

No dia 29 de janeiro de 2004, foi lançada no Brasil a campanha Travesti e Respeito, primeira ação contra a transfobia idealizada por ativistas travestis e transgêneros. A campanha foi tão importante que, desde então, é comemorada nessa data o Dia Nacional da Visibilidade Trans.

Para o Ministério da Cultura (MinC), o público LGBT é prioritário. Nos últimos anos, o Ministério trabalhou para transformar em ações efetivas a maior parte das diretrizes definidas para essa parcela da sociedade. O primeiro grupo de trabalho para a promoção da cidadania cultural LGBT foi criado em 2004 e foi fundamental como incitador e orientador das ações desenvolvidas desde então.

Entre as atividades já realizadas pelo MinC para esse público estão, entre outras, o lançamento de editais de apoio às paradas do Orgulho LGBT e de outras manifestações culturais, premiações para iniciativas culturais de combate à homofobia e promoção dos direitos e visibilidade LGBT e apoio aos Pontos de Cultura voltados à comunidade LGBT.

A luta de travestis e transgêneros é a luta por direitos garantidos pela Constituição Federal. No artigo nº 5, lê-se: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à prosperidade”.

A falta de conhecimento por parte da sociedade sobre sexualidade e questões afetivas faz com que o preconceito impere. Há confusão sobre orientação sexual, que diz respeito à atração que se sente por outros indivíduos, e identidade de gênero, que é a forma com que o indivíduo se identifica, independente do órgão genital que possui.

No caso do transgênero, a pessoa nasce biologicamente designado como mulher/homem, mas se identifica como sendo do sexo oposto. A incongruência faz com que a pessoa lute para que seja reconhecido legal e socialmente da forma como se autoidentifica. (Claudete Morais)

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