Jeanne Moreau, uma das mais famosas atrizes do cinema francês, morreu aos 89 anos, informou seu agente nesta segunda-feira (31).
Ela atuou em mais de cem filmes em uma carreira que durou 65 anos. Também foi diretora, roteirista e cantora (relembre a carreira musical de Jeanne Moreau).
Jeanne foi estrela em filmes de consagrados cineastas como François Truffaut (“Jules e Jim”, clássico da nouvelle vague), Orson Welles (“O processo”, de 1962) , Michelangelo Antonioni (“A noite”, de 1961), Roger Vadim e Rainer Werner Fassbinder.
Prêmios pela carreira
Jeanne Moreau nasceu em 23 de janeiro de 1928, em Paris. Começou no teatro, sendo uma das mais importantes atrizes da comédia francesa. Nos anos 50, passou aos filmes, incluindo “Ascensor para o Cadafalso” (1958), de Louis Malle.
Ganhou prêmios como o Bafta de melhor atriz estrangeira, por “viva Maria!” (1965) e “Jules et Jim” (1962). Também ganhou prêmios honorários por sua carreira nos festivais de Berlim, em 2000; de Cannes, em 2003; e Veneza, em 1992.
Além de atuar, dirigiu “Lumière” (1976) e “L’Adolescente” (1979).
Filme no Brasil
Ela também deixou sua marca no cinema brasileiro ao participar de “Joanna francesa”, de Cacá Diegues. No filme, Jeanne interpreta a dona de um prostíbulo em São Paulo que vai para Alagoas atrás de um cliente que morre de amores por ela.
A atriz viveu com Truffaut uma história de amor fora das telas. Em 2009, quando foi homenageada no Festival do Rio. Afirmou que não tinha como impedir que os fãs a chamassem de “diva”, mas que isso não tinha influência na sua rotina.
“Não tenho como impedir que me chamem de diva. Esses títulos de ‘musa’, ‘estrela’, ‘lenda viva’ não têm nenhuma influência em minha rotina. Não tenho como fazer as pessoas calarem a boca, nem tento evitar que me chamem assim. Se sou merecedora de tudo isso? Não sei”, declarou.